segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"o meu salário é mais pequeno do que o teu"

Junta-se a elevada taxa de desemprego com a necessidade das empresas controlarem custos e torna-se claro por que os pacotes retributivos hoje oferecidos não são assim tão atractivos... pelo menos para a maioria! O problema começa quando pessoas se juntam e entre um copo e outro começam a comparar salários muito diferentes entre si... para funções similares!
Já todos ouviram falar da lei da oferta e da procura, que é quem dita o preço dos bens e serviços em função das suas quantidades disponíveis no mercado. Isto também se aplica ao factor trabalho. Neste momento, há um excesso de oferta de trabalho no mercado nacional – a elevada taxa de desemprego não caiu do céu. Logo, o respectivo “preço” tende a diminuir.
A somar a isto, as empresas, com auxilio deste governo míope, estão a ter resultados menos favoráveis, precisam de controlar, senão mesmo cortar, os seus custos. Sem grandes alternativas, optam por reduzir os orçamentos para novas contratações – quando as há, pois se não há quem compre, não tem lógica produzir mais!
Esta prática tem vindo a traduzir-se num “Por que é que hei-de me esforçar, se ganho muito menos que o meu colega?”; ou “Esforços adicionais? Peçam aos que ganham mais!”. Chamemos-lhe desmotivação, que tem correlação directa e negativa com os níveis de produtividade e de compromisso das pessoas para com a empresa. Pessoas motivadas alcançam maiores níveis de produtividade, têm mais iniciativa e maior capacidade de inovação, ou seja, aportam muito mais valor a qualquer organização. Ao contrário, colaboradores desmotivados são um “custo oculto”. Ora, sabemos que uma das formas de ultrapassar com sucesso uma conjuntura desfavorável é, precisamente, aumentar os níveis de produtividade – ou seja, fazer mais com menos. A desmotivação é, sem dúvida, uma grande barreira nesse caminho. Mas então porque é que todos sabemos isto, mas nada se faz para contraria este efeito?
Todos sabemos que dinheiro gera dinheiro... aperto e pobreza, só vai gerar mais do mesmo!
As empresas estão a fazer o que podem, antecipar prémios para evitar o roubo nas novas tabelas do IRS, alterar forma de pagar extras e subsídios, até de alimentação... sim que o governo deve achar que de barriga "vazia" se trabalha melhor!
Mas então não seria hora de o governo fazer o mesmo e motivar Portugal a andar para a frente? Introduzir "dinheiro" na economia... as pessoas, que ganham ordenados ditos normais, tudo que ganham, acaba injectado na economia, se lhes dermos mais um pouco, mais um pouco será injectado! Acho que isso iria gerar mais consumo, consumo gera necessidade das empresa produzirem, produção a necessidade de mais empregados e tudo junto salva Portugal e o governo recebe mais impostos!

Mas tudo isto só nós é que vemos... quem está lá em cima anda a poupar nos óculos!

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