quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

sim, odeio,

sim, odeio,
odeio pelo que brincamos nesta praia e agora sozinho com as ondas,
odeio pelos caminhos que abriste e agora não queres trilhar,
odeio pelo milagre de me fazeres sentir amor e agora não o queres,
odeio pelo sonho da "nossa" casa, que agora é só tua,
odeio por criares desejos que não tenho como alimentar,
odeio por seres lutadora e desistires pela pressão do nós,
odeio por me teres feito mais homem e não seres ainda mulher,
odeio pela tua garra e ambição mas fugires de arriscar viver,
odeio gostar de tudo contar-te e agora não ter a amiga para conversar,
odeio por teres dado vontade de ser pai um dia e tu não queres mais ser a mãe,
odeio por te valorizar como mulher e tu nada encontrares em mim,
odeio que adormeças fácil e eu acordado sem ter quem velar,
odeio com todas as forças do amor que sinto por ti, pois só pode haver ódio onde há amor.
odeio-me por te amar sem amanhã...

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