"Eu tenho um problema de dor.
permanente.
porque quero sempre mais, quero agora, quero tudo a que tenho direito.
e já.
mas a vida é assim: irónica.
na maior parte das vezes junta-nos com as pessoas certas, no momento errado. too soon, or too late. será? nunca saberemos.
porque somos nós que fazemos o nosso tempo.
somos nós que o fazemos certo ou errado.
somos nós que fazemos o cedo ou tarde.
e não adianta perguntar, nem querer saber já se é este o caminho.
porque não há problema em não saber todas as respostas. o desafio da vida é mesmo não sabê-las. é essa dúvida que traz a adrenalina das paixões loucas.
dói? dói.
magoa? magoa. mas, who cares?
as respostas hão-de sempre chegar, às vezes quando menos se espera.
e até lá, sabe bem? muito.
és feliz? demais.
então vai, aproveita o dia como se fosses uma criança.
a dor é má? não, a dor é linda.
porque não é a dor triste de não encontrar quem se quer, não é a dor da frustração de não saber o que se quer.
é a outra dor, a boa: a de saber que subimos ao ponto mais alto sem medo da queda.
que entregamos tudo, mesmo com o risco de perder tudo.
que damos o melhor de nós, mesmo com uma venda nos olhos: como se estivéssemos a brincar num quarto escuro, de mão dadas, abraçados, mas sempre aos trambolhões, a tropeçar nos móveis, a cair entre gargalhadas e dentes partidos.. dói? não.
ama-se."
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